sábado, 26 de novembro de 2016

Cálculo de trajetória de lançamento e montagem da base

A fim de determinar o ângulo ideal do lançamento do foguete sobre determinadas condições, foi criado um modelo matemático, utilizando como base o programa Excel. Em primeiro lugar,  construiu-se um gráfico de dispersão com dados das coordenadas de 15 pontos específicos, medidos através de uma trena, para reproduzir o espaço percorrido do foguete. Assim, o gráfico gerado pode ser visto na figura 1:


Figura 1: Fonte própria.

Posteriormente, foram escolhidos cinco parâmetros para o movimento foguete, que são:
- As coordenadas iniciais (x0,y0)
- O ângulo (ϴ) 
-  O comprimento do trecho  propulsionado (Lp)
-  A velocidade do fim do trecho propulsionado
Para o calculo do ângulo ideal, foram feitas uma séries de ajustes para formar uma parábola que ligasse o ponto das coordenadas do ponto de saída ate as coordenadas do ponto de chegada. A primeira delas, se diz respeito a criação de uma reta, que representa o movimento propulsionado, com base nas coordenadas de dois pontos, o de saída do foguete e o fim do movimento propulsionado, no qual as suas coordenadas xf e yf calculada através das seguintes equações:
Sendo “Lp” o considerado com a altura do fim do trecho propulsionado, medido através do programa “Tracker”:
A segunda, esta relacionado com a criação de uma parábola para o movimento parabólico.  Em primeiro lugar, foi listado uma serie de valores para a coordenada x. Depois disso, foi calculada a coordenada da posição y através da seguinte equação do movimento obliquo, no qual é relacionada a coordenada y em função de x:
Sendo Va velocidade inicial do trecho parabólico.
Assim, com as coordenadas (x,y) dos pontos calculados, foi gerado uma parábola que saía do ponto inicial, e conforme as manipulações dos parâmetros citados, poderia passar pelo alvo.
Para que o início do movimento parabólico coincidisse com o final do movimento propulsionado, foram somados os valores de x e y do ponto final do primeiro movimento à equação.
Devido a sua complexidade, o cálculo foi feito de modo iterativo, com base nos resultados experimentais. Assim, utilizando a ferramenta Solver do Excel, foi estipulado que a parábola passasse pelo ponto do centro do alvo, ao deixar que ela calculasse o ângulo ideal de lançamento, com os outros parâmetros fixos.
Para os parâmetros fixos determinados pelo grupo através do “Tracker”, que foram (Xo =1m, Yo= 0,5 m, Lp= 3,98m, Vi= 25,2 m/s^2), o “Solver” determinou que o ângulo ideal fosse de 71,536°.
Assim, para os valores calculados, pode-se ver como ficou o gráfico do movimento na figura 2:
Figura 2: Fonte própria.

Apesar dos cálculos citados, este modelo matemático não possui 100 % de precisão, na medida em que é importante pontuar que, para este modelo matemático, foram desconsiderados a resistência do ar e as consequências acarretadas pelo peso do cabo guia.

Além disso, nessa semana o time plataforma iniciou a montagem da treliça que irá compor a plataforma de lançamento, utilizando palitos de picolé de madeira pinus, cola de madeixa e massa epoxi, verificando a conformidade dos cálculos de acordo com a força de empuxo encontrada pelo time foguete.

Foi, também, realizada uma reunião com o coordenador de Engenharia Mecânica Guilherme Oliveira, na qual foi discutida a validade dos cálculos feitos pela equipe para a tensão admissível suportada pela plataforma, além do método de engaste da mesma no chão durante o lançamento. Na reunião, foi constatado que o fator de segurança de 5 utilizado para os cálculos estava muito maior do que  necessário, o que fez com que uma quantidade de palitos muito grande devesse ser utilizada para que o sistema não estivesse subdimensionado. Como alternativa, foi utilizado um fator de 3, considerado aceitável para projetos com madeira. Assim, a treliça será composta por membros formados de 3 palitos.

Para testar a veracidade dos cálculos, foi feito um modelo em escala reduzida da base, utilizando a quantidade calculada de palitos. O modelo pode ser observado na figura 3 a seguir. Foi contatado que a força exercida pelo foguete será completamente suportada pela treliça.

Figura 3: Modelo em escala reduzida da treliça que irá compor a base de lançamento.
Fonte: Própria.

Referências:
[1] H. Moysés Nussenzveig, Curso de Física Básica 1: Mecânica, 4a edição, Editora Edgard Blücher, 2002. 

Postado por  Tiago Lobo Oliveira, Rafaela Gonçalves de Almeida, Mariana Mendes Wilfinger e Marco Travessa.

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